Foram expedidos 62 mandatos sendo 28
mandatos de Prisões temporárias e 34 de busca e apreensão para pessoas que
supostamente estavam envolvidos no esquema de fraude em licitações em SGA na
operação “Vil Metal”.
Entre os envolvidos estavam o Ex
Prefeito (Walter Junior), Ex Chefe da Infra-estrutura (Fernando Praxedes), Ex Tesoureiro
(Wagner Araujo), Ex Chefe de Gabinete (Cesar Soares), e outros.
Empresa “Dimetal” não tinha funcionários e era usada para desviar dinheiro
público de 23 prefeituras do CE
A
partir da Dimetal, outras sete empresas entraram na investigação do MP por
suspeita de serem usadas com o mesmo propósito
29/05/2013
- Esquema de fraude em licitações envolvendo 23 prefeituras cearenses e a empresa
Dimetal Construções e Serviços LTDA desviou cerca de R$ 10 milhões dos cofres
públicos, entre 2007 e 2011, para as contas pessoais de prefeitos, secretários
municipais, empresários, engenheiros e advogados, segundo o Ministério Público
do Estado (MPE). As informações foram repassadas pelo MPE, na manhã desta
quarta-feira, 29, na sede do órgão.
A Dimetal não possuía funcionários nem máquinas, sendo usada como fachada para o desvio do dinheiro, de acordo com o promotor Luiz Alcântara, da Procuradoria dos Crimes contra a Administração Pública (Procap).
“A Dimetal não recebia um centavo daquilo que foi supostamente pago por serviços. As licitações foram todas fraudadas. E as obras eventualmente realizadas foram realizadas não pela empresa, mas pelos próprios gestores”, explicou Alcântara, durante coletiva de imprensa, para detalhar a Operação “Vil Metal”, deflagrada na terça-feira, 28, em parceria com a Polícia Civil.
A
partir da Dimetal, outras sete empresas entraram na investigação do MP por
suspeita de serem usadas com o mesmo propósito. Segundo o promotor Eloilson
Landim, as irregularidades investigadas nas 23 prefeituras podem ter causado um
rombo de até R$ 30 milhões. Segundo ele, 1.215 licitações podem ter sido
fraudadas pelas sete empresas acusadas e por gestores municipais.
Escândalo
dos Banheiros
As
investigações que culminaram com a Operação Vil Metal foram desdobramento do
chamado escândalo dos banheiros, denunciado pelo O POVO há dois anos, no qual a
participação da Dimetal já havia sido detectada pelo MP.
“O
que mais nos chamou a atenção nessa investigação foi a ousadia (da quadrilha).
A empresa já havia sido identificada e continuou agindo. É como se acreditassem
que a instituições não existem”, disse Luiz Alcântara.
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